Dezembro Laranja: mês de prevenção contra o câncer de pele
No dia 21 de dezembro, vamos entrar numa das estações mais esperadas por muitas pessoas que gostam do sol: o verão. E com a queda nos indicadores de morbidade e de mortalidade relacionados à COVID-19, estima-se que a época terá as praias e os espaços abertos ocupados com muito mais intensidade. Com isso, é preciso que, além das medidas protetivas contra o Coronavírus, as pessoas também tomem os cuidados necessários contra o câncer de pele. Esta é a proposta da campanha do Dezembro Laranja, organizada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
Então vamos entender o que é, quais os tipos, tratamentos e, principalmente, quais as melhores maneiras de prevenir essa doença. Uma ótima leitura!
O que é o câncer de pele?
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o câncer de pele responde por 33% de todos os diagnósticos desta doença no Brasil, sendo que o Instituto Nacional do Câncer (INCA) registra, a cada ano, cerca de 185 mil novos casos.
O tipo mais comum, o câncer da pele não melanoma (que vamos explicar a seguir), tem letalidade baixa, porém seus números são muito altos. A doença é provocada pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele e, de acordo com as camadas afetadas, são definidos os diferentes tipos de câncer.
São os mais comuns os carcinomas basocelulares e os espinocelulares, responsáveis por 177 mil novos casos da doença por ano. O melanoma é o mais raro, mas o mais letal, sendo responsável por 8,4 mil casos anualmente.
Tipos de câncer de pele
- Carcinoma basocelular (CBC): com incidência em regiões expostas ao sol, como face, orelhas, pescoço, couro cabeludo, ombros e costas, o CBC surge na camada mais profunda da epiderme (a camada superior da pele), nas células basais. Tem baixa letalidade e pode ser curado se detectado precocemente. O CBC nódulo-ulcerativo, espécie de mancha protuberante na pele e que pode sangrar, é o tipo mais encontrado nesse tipo de câncer;
- Carcinoma espinocelular (CEC): o segundo tipo de câncer mais prevalente, o CEC se desenvolve nas células escamosas, que constituem a maior parte das camadas superiores da pele. Ele pode se desenvolver em todas as partes do corpo, embora seja mais comum nas áreas expostas ao sol, como orelhas, rosto, couro cabeludo, pescoço etc. Além disso, o CEC é duas vezes mais frequente em homens do que em mulheres;
- Melanoma: o menos frequente, mas o que tem o maior índice de mortalidade. Embora seja o mais agressivo, as chances de cura são de 90%, caso haja a detecção precoce da doença. A aparência do melanoma é de uma pinta ou sinal na pele. Essas “manchas”, em geral, mudam de cor, formato ou tamanho e, ainda, podem causar sangramentos.
A doença tem origem nos melanócitos, as células que produzem melanina, o pigmento que dá cor à pele, e se desenvolve apenas na camada mais superficial da pele, o que facilita a remoção cirúrgica e a cura do tumor. Nos casos mais graves, a lesão é mais profunda e espessa, o que aumenta a chance de se espalhar para outros órgãos (metástase) e diminui as possibilidades de cura.
A hereditariedade também exerce um papel fundamental, sendo necessário que familiares de pacientes diagnosticados sejam submetidos a exames preventivos regularmente.
Sintomas
Como o câncer de pele pode se assemelhar às nossas pintas, sinais, eczemas e outras lesões benignas, é necessário ficar atento a qualquer mudança. Somente o exame clínico feito por um médico especializado pode fazer o diagnóstico correto. Ainda assim, podemos destacar os principais sintomas que são:
- Uma lesão na pele de aparência elevada e brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida, com crosta central e que sangra facilmente;
- Uma pinta preta ou castanha que muda sua cor, textura, torna-se irregular nas bordas e cresce de tamanho;
- Uma mancha ou ferida que não cicatriza, que continua a crescer apresentando coceira, crostas, erosões ou sangramento.
Também podemos seguir a Regra do ABCDE, metodologia indicada por dermatologistas para reconhecer as manifestações dos três tipos de câncer da pele citados acima:
(A)ssimetria
Assimétrico: maligno
Simétrico: benigno
(B)orda
Borda irregular: maligno
Borda regular: benigno
(C)or
Dois tons ou mais: maligno
Tom único: benigno
(D)imensão
Superior a 6 mm: provavelmente maligno
Inferior a 6 mm: provavelmente benigno
(E)volução
Cresce e muda de cor: provavelmente maligno
Não cresce nem muda de cor: provavelmente benigno
Prevenção
A melhor forma de prevenir o melanoma e outros tipos de câncer de pele é evitar a exposição excessiva ao sol e proteger a pele dos efeitos da radiação UV. As pessoas de pele clara, com sardas, cabelos claros ou ruivos e olhos claros são os grupos de maior risco. Além destes, os que possuem antecedentes familiares com histórico de câncer de pele, queimaduras solares, incapacidade para se bronzear e muitas pintas também devem ter atenção e cuidados redobrados.
Medidas de proteção, segundo a SBD:
- Usar chapéus, camisetas, óculos escuros e protetores solares.
- Cubra as áreas expostas com roupas apropriadas, como uma camisa de manga comprida, calças e um chapéu de abas largas.
- Evitar a exposição solar e permanecer na sombra entre 10 e 16 horas (horário de verão).
- Na praia ou na piscina, usar barracas feitas de algodão ou lona, que absorvem 50% da radiação ultravioleta. As barracas de nylon formam uma barreira pouco confiável: 95% dos raios UV ultrapassam o material.
- Usar filtros solares diariamente, e não somente em horários de lazer ou de diversão. Utilizar um produto que proteja contra radiação UVA e UVB e tenha um fator de proteção solar (FPS) 30, no mínimo. Reaplicar o produto a cada duas horas ou menos, nas atividades de lazer ao ar livre. Ao utilizar o produto no dia a dia, aplicar uma boa quantidade pela manhã e reaplicar antes de sair para o almoço.
- Observar regularmente a própria pele, à procura de pintas ou manchas suspeitas.
- Manter bebês e crianças protegidos do sol. Filtros solares podem ser usados a partir dos seis meses.
- Consultar um dermatologista uma vez ao ano, no mínimo, para um exame completo.
Tratamento
O tratamento varia conforme a demora do diagnóstico. Até mesmo os casos de câncer de baixa letalidade, quando não tratados precocemente, podem provocar lesões mutilantes ou desfigurantes em áreas expostas do corpo. Portanto, o tratamento varia conforme o tipo e a extensão da doença, mas, normalmente, a maior parte dos carcinomas basocelulares e espinocelulares pode ser tratada com procedimentos simples.
Cobertura dos planos de saúde para câncer de pele
A regulamentação dos planos de saúde, como já falamos anteriormente aqui no blog da Capture, é dada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Esta agência é a responsável por determinar, no Brasil, como todas as operadoras devem trabalhar e quais são os procedimentos básicos que precisam realizar.
Por isso, tanto para o câncer, quanto para qualquer outro tipo de tratamento ou procedimento, sempre é importante ficar atento ao contrato com o plano de saúde e ao Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde inclusos na contratação. Esta é a listagem mínima obrigatória de exames, tratamentos, cirurgias e demais procedimentos, da ANS.
Portanto, o paciente deve verificar a cobertura mínima e o período de carência do segmento do seu plano de saúde para saber se os procedimentos necessários fazem parte da cobertura, se há período de carência ou se já estão disponíveis.
E quanto aos prazos de carência, o tempo máximo de carência depois da contratação do plano de saúde é de:
- 24 horas para casos de urgência e emergência (que apresentam risco a vida ou lesões irreparáveis);
- 180 dias para cirurgias e outros procedimentos complexos, como quimioterapia, tomografia, computadorizada, hemodiálise e ressonância magnética.
O que muitas pessoas não sabem é que, nos casos em que o usuário desenvolve o câncer depois de realizar a contratação do plano, o entendimento jurisprudencial é o de que não há carência a ser cumprida no caso.
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