Depressão: o que é e como podemos preveni-la
Considerada “o mal do Século” pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão é a segunda principal causa de morte entre os jovens de 15 a 29 anos. A cada 40 segundos, a doença também é responsável pelo suicidio de uma pessoa em algum lugar do mundo. São mais de 800 mil mortes por ano e 300 milhões de pessoas, de todas as idades, acometidas por este transtorno. Neste texto, vamos abordar como ela surge, quais os seus sintomas. como prevenir e tratá-la. Uma boa leitura!
O que é depressão?
A depressão é mais comum do que se imagina. Ela é causada por uma combinação de fatores genéticos, biológicos, ambientais e psicológicos, que interferem na vida diária, na capacidade de dormir, trabalhar, estudar e se alimentar. É responsável direta pela perda ou diminuição de interesse e prazer pela vida. Além do mal estar psicológico, também pode incitar alterações fisiológicas. Entre elas, a baixa no sistema imune e o aumento de processos inflamatórios, figurando como um fator de risco para condições como as doenças cardiovasculares.
Outro agravante dessa doença é que, por ter casos considerados leves, moderados ou graves, a depender da intensidade dos sintomas, as pessoas com depressão frequentemente não são diagnosticadas corretamente. Além disso, há uma grande dificuldade da sociedade em geral de levar esse transtorno a sério. Por isso, é preciso saber reconhecer os sintomas e, ao menor sinal, procurar orientação e tratamento com um profissional.
Quais os tipos mais comuns da depressão?
Entre as mais de 300 milhões de pessoas portadoras de depressão, a doença se manifesta de diversas maneiras. Conheça alguns dos tipos mais comuns:
Depressão maior
É o tipo mais comum e genérico. Apresenta em seu quadro sintomático a tristeza, a angústia, o desânimo, a culpa e as alterações no sono, no apetite, na concentração e na libido. Ela pode se apresentar com quadros leves, moderados e graves.
Depressão Sazonal
Mais comum em países onde há pouca luz natural, como o norte dos Estados Unidos, o Canadá, a Islândia, a Dinamarca e a Noruega, ela afeta as pessoas justamente nos períodos mais frios.
Depressão Distímica
Tem por característica sinais bem leves que podem perdurar por dois anos ou mais. Por aprender a conviver com aquilo, a pessoa acaba não expondo o problema e por mais leve que seja, a doença pode se aprofundar rapidamente se não tratada seriamente.
Depressão Atípica
Ela é a antítese das depressões, ou seja, quando o normal é o paciente ter sonolência, ele terá insônia. Se antes havia dificuldade de alimentação, ela causa uma ansiedade alimentar. Além disso, piora no final do dia e a pessoa tem um humor mais sensível e irritável.
Depressão Psicótica
É uma das que mais requerem atenção. Além dos sintomas corriqueiros, ela também conta com delírios de perseguição e de que ruim acontecerá de uma hora para outra. Nos casos mais graves, o paciente mistura elementos fantasiosos com a realidade.
Depressão Mista
Ela tem como diagnóstico a aceleração do pensamento, irritabilidade e compulsão por produtos, sexo e por interação com outras pessoas. Por estas razões, é comumente confundida com a ansiedade.
Depressão Melancólica
É o tipo de depressão mais fácil de ser diagnosticada. O problema é que ela causa o isolamento da pessoa. As causas são a tristeza absoluta, a falta de energia e a angústia agravadas. Amigos e familiares precisam criar uma rede de apoio para dar o suporte necessário e o primeiro passo para o adequado tratamento.
Depressão Pós-parto
Gera um sentimento de que a mãe não é capaz de cuidar do recém nascido. Isso deve-se à diminuição de hormônios logo após a gestação. A culpa também é um sentimento corriqueiro e esses sintomas devem ser relatados imediatamente ao ginecologista.
Sintomas comuns:
- Cansaço extremo
- Fraqueza
- Irritabilidade
- Angústia
- Ansiedade exacerbada
- Baixa autoestima
- Insônia (ou sono de má qualidade)
- Falta de interesse por atividades que antes davam prazer
- Pensamentos pessimistas
- Pensamentos frequentes sobre a morte
- Comportamentos compulsivos
- Dificuldade para se concentrar
- Problemas ou disfunções sexuais
- Sensação de impotência ou incapacidade para os afazeres do dia a dia
Prevenção
O ideal, como já dissemos aqui no blog da Capture, é levar a máxima “mente sã, corpo são” para o dia a dia. Então o melhor a se fazer para prevenir a depressão é manter hobbies, como ler, ouvir música ou aprender algo novo, fazer exercícios e ter uma boa noite de sono. A alimentação também é fator de suma importância. Alimentos como floras verdes (espinafre, brócolis e alface), laranja, frutas, mel, leite e iogurte desnatado, carboidratos complexos, castanha-do-pará, aveia, peixes e frutos do mar são aliados bem-vindos para a saúde mental e para a prevenção da depressão.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico deve ser realizado com uma avaliação médica. Ela incluirá o histórico do paciente e da sua família, além de outros exames que podem identificar a depressão e o seu grau de intensidade.
A partir daí, o tratamento pode ser iniciado com acompanhamento psiquiátrico e psicológico. Remédios antidepressivos também podem ser recomendados para ajudar a química cerebral, o que será indicado conforme o perfil do paciente.
Canais de apoio, como o Centro de Valorização da Vida (CVV), também são fundamentais em casos em que o paciente apresenta sintomas mais graves da depressão, incluindo tendências suicidas. A ONG, totalmente voluntária, trabalha na prevenção do suicídio, de forma totalmente sigilosa e gratuita, e dá apoio emocional a estas pessoas. O CVV conta com voluntários dispostos a conversar e ajudar, 24h por dia.
Para utilizar o serviço, a pessoa pode:
Pelo chat ao acessar o site da CVV (www.cvv.org.br)
Deixe um comentário