Telemedicina nos planos de saúde: o que é e como funciona
A medicina, no centro de todo o caos epidêmico da COVID-19, sofreu uma grande mudança no modo de atendimento aos pacientes. Por isso, hoje vamos falar sobre Telemedicina nos planos de saúde: o que é e como funciona?
Com a entrada em vigor da lei nº 13.989, o governo federal autorizou o uso da telemedicina, processo avançado que monitora o paciente, permite a troca de informações médicas e avalia resultados de diferentes exames sem a necessidade de presença física no hospital, clínica ou consultório médico.
A telemedicina é utilizada para o suporte à medicina tradicional, sendo adotada nos quatro cantos do mundo. Com o avanço da tecnologia, que trouxe qualidade e velocidade na troca de conhecimento e transmissão de dados, os médicos podem tomar decisões mais precisas e ágeis.
Como as informações podem ser hospedadas online, ou seja, na nuvem, os especialistas também conseguem acessar os exames de qualquer lugar do planeta, utilizando computadores e dispositivos móveis, como smartphones e tablets conectados à internet.
Porém, por tratar-se ainda de uma novidade, o assunto desperta várias dúvidas. Por isso, resolvemos trazer para você mais informações sobre o tema. Uma boa leitura!
Como surgiu a telemedicina
Já explicamos o que é a telemedicina, mas você sabe como ela foi aplicada pela primeira vez? Segundo nota publicada pela Revista “Lancet”, o primeiro atendimento considerado como telemedicina ocorreu por telefone, na cidade de Boston nos Estados Unidos, em 1879.
Um médico que se preparava para ir dormir, acaba recebendo a ligação de uma de suas pacientes. Mãe de primeira viagem, a mulher estava com medo de que o bebê estivesse com crupe (como era conhecida a laringite), doença respiratória que provoca tosse rouca e dificuldade para respirar.
O médico pediu para ela colocar a criança ao telefone e prontamente, com a sua experiência, tranquilizou a mãe e receitou um xarope. Assim, dava-se o primeiro passo para a telemedicina no mundo.
A telemedicina no Brasil
Aqui no nosso país o tema é debatido desde 2002. Na época, o Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou a Resolução 1.643, que definia as regras para a prestação do serviço através da telemedicina. No entanto, com a ausência de tecnologias com a capilaridade necessária para atender a população de forma adequada, a resolução acabou mostrando-se ineficaz.
Em 2018, o CFM criou a Resolução 2.227/2018, que buscou definir melhor a medicina praticada nos ambientes digitais. Esta resolução acabou sendo revogada e, com a chegada da pandemia, foi publicado o Ofício 1.756/2020 autorizando o uso emergencial da telemedicina. O chamado Atendimento Remoto foi dividido em três formas diferentes:
- Teleorientação: médicos interagem com o paciente através de uma anamnese convencional e realizam orientação de condutas à distância, incluindo a prescrição de medicamentos e solicitação de exames complementares;
- Teleinterconsulta: é realizada quando dois médicos interagem entre si e um envia informações sobre o paciente para o segundo, geralmente um especialista no assunto;
- Telemonitoramento: permite a supervisão e o monitoramento de parâmetros de saúde e/ou doenças dos pacientes à distância.
Vantagens da telemedicina
Antes de falarmos das vantagens, devemos ter em mente que a consulta física e a virtual são complementares e não excludentes. Muitos médicos, por exemplo, já preveem que as consultas sejam iniciadas por meio do virtual e, caso o médico sinta necessidade, uma consulta presencial será agendada.
Até mesmo a impossibilidade de fazer exames físicos, que poderia ser considerada uma desvantagem da telemedicina, já pode ser contornada com dispositivos eletrônicos. Relógios inteligentes já possuem medidores de pressão, oxigenação e batimentos cardíacos e informações suficientemente confiáveis que podem ser enviadas no mesmo momento para o médico.
Com mais de 2,8 milhões de teleconsultas já realizadas desde de abril de 2020, as principais vantagens da telemedicina são:
- Ampliação do contato entre médicos e pacientes;
- Promoção do acesso a especialistas e profissionais de referência a qualquer momento;
- Facilitação da troca de informações entre os serviços de saúde;
- Diminuição do deslocamento de pacientes a hospitais e grandes centros urbanos;
- Facilitação para a realização de exames, que podem ser feitos em clínicas e postos de saúde;
- Melhoria na qualidade dos laudos emitidos, agilizando as entregas de resultados.
Além disso, a telemedicina transpõe barreiras sociais, culturais e econômicas, sendo uma alternativa para oferecer atendimentos rápidos e de qualidade para toda a população.
A telemedicina nos planos de saúde
Falando especificamente dos planos de saúde, por tratar-se de uma tecnologia relativamente nova, o momento ainda é de adaptação. No entanto, a maioria das grandes operadoras como Unimed, GNDI, Amil e Bradesco Saúde disponibilizam atendimento via telemedicina para seus beneficiários.
As principais bandeiras costumam oferecer em suas coberturas o serviço de consultas com médicos generalistas e especialistas por atendimento telefônico ou vídeochamada. Em geral, estas consultas são pré-agendadas e o prazo para atendimento costuma ser, em média, de 48hrs.
Via de regra, as interações e consultas são realizadas diretamente através do aplicativo próprio de cada operadora. Logo, é altamente recomendável que novos beneficiários façam o download do aplicativo da operadora de plano de saúde escolhida e ative sua conta para poder usufruir destas facilidades.
Estes aplicativos oferecem uma gama de serviços bastante completos e que vão muito além do agendamento de consultas e recebimento de exames. É possível, por exemplo, verificar as cotas de coparticipação para procedimentos diversos, encontrar clínicas e hospitais mais próximos, emitir a segunda via de boletos e verificar a rede de médicos credenciados.
Vantagens da telemedicina nos planos de saúde
Dentre as principais vantagens da utilização da telemedicina nos planos de saúde estão:
- Centralização de informações: um dos grandes diferenciais da adoção dos aplicativos de plano de saúde é a centralização dos dados e histórico de saúde dos beneficiários. Desta forma, médicos de diferentes áreas podem acessar e acompanhar a evolução de seus pacientes, evitando assim a perda de dados, informações truncadas ou incorretas sobre o quadro geral de cada pessoa.
- Velocidade no atendimento: a maioria das operadoras de plano de saúde colocam como padrão o prazo de atendimento em até 48 horas. Porém, na prática, o tempo de espera para uma consulta via telemedicina costuma ser muito menor. Em geral, a maioria dos beneficiários consegue uma teleconsulta a ser realizada no mesmo dia da solicitação, ou seja, muito mais rápido do que seria possível agendar um atendimento presencial.
- Redução de custos: as consultas via telemedicina muitas vezes não têm custos para o beneficiário, ou têm custos muito inferiores quando comparados aos valores das consultas presenciais tradicionais.
- Redução de riscos: todo deslocamento físico envolve riscos, sejam eles relacionados ao trânsito ou acidentes pessoais, por exemplo. E além destes, por tratarem-se de consultas presenciais em clínicas, hospitais ou centros de saúde, há os riscos de contaminação hospitalar com vírus, bactérias e até mesmo exposição à covid 19 neste contexto de pandemia que ainda não foi totalmente superado.
Portanto, se você ainda não possui um plano de saúde que oferece as facilidades da telemedicina…
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